Família

A família, dentro do contexto social, político e económico internacional e nacional, destacou-se no âmbito militar e religioso, pois nas treze gerações observam-se personagens ligados a cada um destas esferas, tendo alguns se destacado mais e a nível internacional pelas relações que estabeleceram e países em que estiveram.

O início do Morgadio na família, na terceira geração, foi um dos saltos para a garantia da passagem da família para uma família nobiliárquica, o que é chancelado na quinta geração com a realização do matrimónio do representante da quinta geração com D. Joana Mascarenhas, neta Marquês de Minas união que pemitiu a elevação da família. Deste instante em diante, houve um momento ascendente, tendo a sexta, a sétima, a oitava, a décima primeira e a décima segunda geração como grandes nomes que representaram a família fora de Portugal (Fundação da Casa de Mateus, 2005).

A sexta geração como Governador da Capitania de São Paulo durante dez anos por designação do Marquês de Pombal (Bellotto, 2007); a sétima geração como diplomata em França durante o início das invasões francesas; a oitava geração como sucessor na diplomacia em França e o alcance do título de embaixador na Rússia e, consequentemente, pelos seus feitos, o título de 1º Conde de Vila Real;

a décima primeira geração viveu num momento de rutura nacional, marcando o fim da Monarquia e início da República que não foi realizada de forma pacífica, mas com luta em apologia a Monarquia de uma forma muito romântica em favor do Rei através dos conchavos com a Galiza e todo o Norte que o tornou um dos propugnadores da Monarquia do Norte; por fim, a décima segunda geração marcou pela estratégia que driblou todas as crises nacionais e internacionais, num momento da efervescência de grandes guerras mundiais e do momento próprio nacional, sendo a constituição da Casa de Mateus como Fundação e a otimização dos seus espaços por meio da valorização do seu acervo documental, material e do património edificado e material. 

As relações estabelecidas com os feitos, muito estratégicos destas linhas familiares, fizeram com que ao longo dos anos fossem acumulando bens e que hoje compõe o Museu da Casa.

Algumas das linhas desta família se dedicaram a uma vida religiosa e que, em virtude disso, trouxeram vários acervos materiais religiosos, em especial a 4ª geração, por meio do Santo Arcediago Diogo Álvares Mourão, que ofereceu vários relicários ao seu irmão Matias Álvares Mourão, Morgado da Prata. O Museu custodia 44 relicários e os seus documentos que aferem a autenticidade destes relicários, um deles a Relíquia de São Marco Mártir.